Livre
Não há machado que corte
a raiz ao pensamento
não há morte para o vento
não há morte.
Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida,
sem razão seria a vida,
sem razão.
Nada apaga a luz que vive
num amor, num pensamento,
porque é livre como o vento,
porque é livre.
(Carlos de Oliveira, As Canções Heróicas)
___
8 comentários:
Hoje ofereço-te um cravo vermelho.
A memória tão grata das "heróicas" cantadas pela Academia doa Amadores de Música do Fernando Lopes Graça, em reuniões semi-clandestinas, em que a emoção quase nos sufocava.
O 25 de Abril de 1974 foi talvez o mais belo dia das nossas vidas, um privilégio imenso tê-lo vivido tão novo e com todas as ilusões intactas.
Obrigada, Pérola.
Heitor,
Entendo-te perfeitamente, mas devo-te confessar que só há pouco tempo consigo ouvir estas músicas com agrado.
Talvez agora já consiga ouvi-las sem conotações partidárias.
E vê-las como poemas, como canções, sobre a liberdade.
bom tema para o olhodebloga amiga: "o distanciamento do critico relativamente à arte interventiva".
liberdade =)
Pedro, propõe :o)
Sandrine, claro :o)
Enviar um comentário