quarta-feira, abril 25, 2007

25 de Abril



Livre


Não há machado que corte
a raiz ao pensamento


não há morte para o vento
não há morte.


Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida,


sem razão seria a vida,
sem razão.


Nada apaga a luz que vive
num amor, num pensamento,


porque é livre como o vento,
porque é livre.


(Carlos de Oliveira, As Canções Heróicas)

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8 comentários:

Perola Granito disse...

Hoje ofereço-te um cravo vermelho.

Anónimo disse...

A memória tão grata das "heróicas" cantadas pela Academia doa Amadores de Música do Fernando Lopes Graça, em reuniões semi-clandestinas, em que a emoção quase nos sufocava.
O 25 de Abril de 1974 foi talvez o mais belo dia das nossas vidas, um privilégio imenso tê-lo vivido tão novo e com todas as ilusões intactas.

Luísa R. disse...

Obrigada, Pérola.

Luísa R. disse...

Heitor,

Entendo-te perfeitamente, mas devo-te confessar que só há pouco tempo consigo ouvir estas músicas com agrado.

Talvez agora já consiga ouvi-las sem conotações partidárias.

E vê-las como poemas, como canções, sobre a liberdade.

pedro disse...

bom tema para o olhodebloga amiga: "o distanciamento do critico relativamente à arte interventiva".

Anónimo disse...

liberdade =)

Luísa R. disse...

Pedro, propõe :o)

Luísa R. disse...

Sandrine, claro :o)