"Foi na guerra, em contato com a miséria que ela produz, vivendo aqueles instantes com a sensação de últimos, que banha de uma luz especial tudo o que nos cerca, que se iniciou, sem eu ter consciência, uma nova etapa em minha pintura. Eu era, se não um pessimista, quase um cético: me descobri então um lírico, um lírico visceralmente otimista - com um tremendo amor à vida e confiança nos homens que tomavam consciência e buscavam se defender. Comecei a desenhar e pintar naturezas-mortas, pretexto para demonstrar meu amor às coisas simples, cotidianas, feitas pelos homens, úteis a todos os homens. Tentava transformar a carga de amor e vida que percebia em cada objeto. Me vi, lentamente, modificando a minha pintura, não só temática, mas sensorialmente."
in Carlos Scliar, Museu de Arte de São Paulo, 1983
No meio do ruído das coisas.
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Duas despedidas tristes: a de Paulo Tunhas (1960), filósofo, cronista,
poeta, professor; e a de Luís Carmelo (1954), romancista, professor, poeta,
ensaís...
Há 10 meses
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